quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Desobrigue-se

Com que frequência você se desobriga de fazer coisas que não te fazem feliz ou te agradam, para fazer as outras pessoas mais felizes?
Com que frequência você deixa de dar um conselho, simplesmente por que você não quer opinar?
Com que frequência você consegue ficar quieto sem ninguém que você precise ajudar, aconselhar, apoiar, guiar ou cuidar?

Me fiz essa pergunta hoje e a conclusão é preocupante, eu não consigo parar e ficar quietinha, quando não opino, não estou sendo amiga o suficiente e não estou sendo prestativa o bastante, se duvidar nem mesmo caridosa eu sou, porque me recusei a fazer parte de algo que não estou me sentindo a vontade pra fazer, pra dizer ou simplesmente porque eu não quero mesmo. 
Com isso vamos acumulando responsabilidades que não nos pertencem e carregando bagagens que não são nossas. Sofrendo por amores que não nos pertecem, vivendo histórias que não são nossas também.
Tudo isso em nome de ser vista como uma boa pessoa, tudo isso para ter a menor admiração e talvez um pouquinho de respeito.
E isso acaba mostrando a imensa falta de auto estima que temos, pois se é necessário que sejamos tudo isso para ter a admiração, não nos admiramos, somos nós mesmos que não nos respeitamos. Não aceitamos as nossas limitações e vamos nos ferindo e nos cansando, demonstrando uma força constante. Por fora somos rocha, mas por dentro. Tudo está completamente destruído.
Desobrigue-se...
Não faça mais o que não te faz feliz, não dê sua opinião a menos que queira muito opinar, falar, dialogar, discordar e debater. Mas, caso queria ficar em silêncio, silencie.
Não vá se não quiser ir, não sorria se não quiser sorrir, chore se quiser chorar, grite se quiser gritar. Mas, não se anule!
Desobrigue-se